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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Literatura Catequética-Quinhentismo


QUINHENTISMO

O Quinhentismo foi o primeiro movimento literário no Brasil. Em relação aos demais, sua importância é um tanto quanto menos expressiva na literatura, por não apresentar nenhum escritor brasileiro; ou, ainda, nenhum "escritor". Apesar disso, muitos dos maiores vestibulares do país pedem que seus vestibulandos tenham conhecimento desta matéria. Além disso, serve também como conhecimento geral para aqueles que gostam do assunto. O movimento iniciou-se com o "início" do Brasil (sim, eu sei. O Brasil existia antes do descobrimento, mas para a literatura, assim como para muitas outras coisas, sua história começa quando os portugueses chegam ao país). Seu fim foi marcado pela publicação de Prosopopeia, de Gonçalves de Magalhães, que já tinha algumas tendências barrocas.

O Descobrimento das Américas marca, antes de tudo, a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. A Europa vive o auge do Renascimento, o capitalismo mercantil toma o lugar dos feudos, e o êxodo rural provoca o início da urbanização. Houve também, neste período, uma crise na Igreja: o novo grupo dos protestantes contra o grupo dos fiéis católicos (estes últimos no movimento da Contrarreforma). Durante a maioria deste período, o Brasil era colonizado por Portugal. Os documentos eram escritos por jesuítas e colonizadores portugueses; o primeiro autor brasileiro apareceria, mais tarde, somente no movimento barroco, Gregório de Matos.



Momento sociocultural


··.
Início da exploração da colônia: extração de pau-brasil e do cultivo da cana de açúcar.

.Expedições de exploração e reconhecimento da nova terra.
.Vinda dos jesuítas: trabalho de catequese dos índios e formação dos primeiros colégios.

Características literárias


.Literatura de caráter documental sobre o Brasil de cronistas e viajantes

 estrangeiros.
.Literatura "pedagógica" dos jesuítas, visando à catequese dos índios.




Autores e obras


.Carta de Pero Vaz de Caminha   ("certidão de nascimento" do Brasil)

Literatura de informação
.Pero Magalhães Gândavo: História da província de Santa Cruz a que vulgar-
mente chamamos Brasil
 


.Gabriel Soares de Sousa: Tratado descritivo do Brasil

Literatura de catequese

.Padre Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio 


.Padre José de Anchieta: Na festa de São Lourenço (peça teatral), Poema à
Virgem
(de tradição medieval)



Fonte: portalliterario.sites.uol.com.br/quinhentismo.htm


Quinhentismo!




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Literatura Catequética


Consequência da contrarreforma, a principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poesia como no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro. Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia. José de Anchieta foi o mais conhecido jesuíta. Ele foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani, várias poesias, seguindo a tradição do verso medieval, vários autos, também de natureza medieval, segundo o modelo deixado por Gil Vicente, misturando a moral religiosa católica aos costumes dos indígenas, sempre preocupado em caracterizar os extremos, como o Bem e o Mal, o Anjo e o Diabo.

TRECHOS DE MÚSICAS DE JOSÉ DE ANCHIETA:

¿Quíen te Visito Isabel?
¿Quíen te visito Isabel?
Que Dios em su vientre tiene?
¡Haz-le fiesta muy solene
Pues que viene Dios en él!

Xe Tupinambá guasú
Paí-guasú irundyba
- opakatú karaíba -
xe mombaeté katú.*
* Tradição do Tupinambá:

Sou o grande Tupinambá
Os companheiros do bispo
todos os cristãos me temem muito.

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Literatura de Catequese (Literatura dos Jesuítas)

Literatura dos jesuítas, como o próprio título indica, foi criada pelos Jesuítas e era voltada principalmente para o trabalho de catequese.
A título de catequizar o "gentio" e, mais tarde, a serviço da Contrarreforma Católica, os jesuítas logo cedo se fizeram presentes em terras brasileiras. Marcaram essa presença não só pelo trabalho de aculturação indígena, mas também através da produção literária, constituída de poesias de fundamentação religiosa, intelectual despojada, simples no vocabulário, fácil e ingênuo.
Também através do teatro, catequizador e por isso mesmo pedagógico, os jesuítas realizaram seu trabalho. As peças, escritas em medida velha, mesclam dogmas católicos com usos indígenas para que, gradativamente, verdades cristãs fossem sendo inseridas e assimiladas pelos índios. O autor mais importante dessa atividade é o Padre José de Anchieta. Além de autor dramático, foi também poeta e pesquisador da cultura indígena, chegando a escrever um dicionário da língua tupi-guarani.
Em suas peças, Anchieta explorava o tema religioso, quase sempre opondo os demônios indígenas, que colocavam as aldeias em perigo, aos santos católicos, que vinham salvá-las.
A literatura jesuítica foi consequência da Contrarreforma.
A principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poesia como no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro.
Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia. José de Anchieta se propôs ao estudo da língua tupi-guarani e é considerado o precursor do teatro no Brasil. Sua obra já apresenta traços barrocos.



Literatura catequética



Resumo informativo:
Paralelamente à literatura de informação, acontecia no Brasil à literatura dos jesuítas. Os jesuítas chegaram ao Brasil junto com os primeiros colonizadores e sua missão, consequente da Contrarreforma, era catequizar os indígenas. Esteticamente, a literatura dos jesuítas foi a melhor produção literária feita no Brasil na primeira fase do Brasil - colônia.


A LITERATURA DOS JESUÍTAS


A título de catequizar o "gentio” e, mais tarde, a serviço da Contrarreforma Católica, os jesuítas logo cedo se fizeram presentes em terras brasileiras. Marcaram essa presença não só pelo trabalho de aculturação indígena, mas também através da produção literária, constituída de poesias de fundamentação religiosa, intelectualmente despojadas, simples no vocabulário fácil e ingênuo.
Também através do teatro, catequizador e por isso mesmo pedagógico, os jesuítas realizaram seu trabalho. As peças, escritas em medida velha, mesclam dogmas católicos com usos indígenas para que, gradativamente, verdades cristãs fossem sendo inseridas e assimiladas pelos índios. O autor mais importante dessa atividade é o Padre José de Anchieta. Além de autor dramático, foi também poeta e pesquisador da cultura indígena, chegando a escrever um dicionário da língua tupi-guarani.
Em suas peças, Anchieta explorava o tema religioso, quase sempre opondo os demônios indígenas, que colocavam as aldeias em perigo, aos santos católicos, que vinham salvá-las. Vejamos um trecho de uma de suas peças mais conhecidas, o Autor de São Lourenço.
Durante o século XVI a literatura portuguesa se espelhava nos clássicos: Virgílio, Homero; no Brasil não haviam sequer muitas pessoas que soubessem ler. A maioria das obras escritas no Brasil na época não foi feita por brasileiros, mas sobre o Brasil por visitantes. Elas são chamadas Literatura de Informação. Apenas dois autores da época podem ser considerados autores brasileiros: Bento Teixeira, o primeiro poeta do Brasil, e José de Anchieta, iniciador do teatro brasileiro.


CARACTERÍSTICAS DE CATEQUESE


Os jesuítas, nesse período de catequização dos índios cultivaram:

- a poesia didática - que tinha o objetivo de dar exemplos moralizantes aos indígenas;

- a poesia sem finalidade catequizadora - relacionada à necessidade de individual de expressão;

- o teatro pedagógico - baseado em textos extraídos da Bíblia; e as cartas de informação - relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portuguesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil. 
PRINCIPAIS OBRAS E AUTORES

Os representantes mais importantes da Literatura Jesuítica foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.
Diálogo sobre a conversão dos gentios (Padre Manuel da Nóbrega)
Narrativa Epistolar (Padre Fernão Cardim) 


História da custódia do Brasil (Frei Vicente do Salvador) 


Anchieta: Auto da Pregação Universal; Auto da festa de São Lourenço; Na visitação de Santa Isabel; De gentis Mendis de Saa; De Beata Virgine dei Matre Maria.

Exemplo De Obra Da Literatura Catequética:

Cordeirinha linda,
como folga o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.

Cordeirinha santa,
de Jesu querida,
vossa santa vida
O diabo espanta.

Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.

Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura.

Vossa fermosura
honra é do povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.


Virginal cabeça
pela fé cortada,
com vossa chegada,
já ninguém pereça.

Vinde mui depressa
ajudar o povo,
pois com vossa vinda
lhe dais lume novo.

Vós sois cordeirinha
de Jesu fermoso
mas o vosso esposo
já vos fêz rainha.

Também, padeirinha
sois de vosso povo,
pois com vossa vinda.
lhe dais lume novo.

Padre José de Anchieta

Obrigado por ter visitado nosso blog ,espero que tenham gostado!

Aproveitem do conteúdo!

4 comentários:

  1. Ameei o blog.. me ajudou bastante na minha pesquisa, adoreei as imagens
    Parabéeens!!#//

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. meu professor vai passa um teste sobre! alguém tem ideia de como seria. '1° ano do ensino médio '???

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